por Mauro Cassane,
editor-chefe do Portal Brasil Caminhoneiro
No geral, o segundo semestre deste ano aponta para uma perspectiva melhor para o ano que vem para vendas de automóveis. “Se as vendas do segundo semestres permanecerem no mesmo ritmo no ano que vem, teremos um 2015 significativamente melhor que este ano”, diz Luiz Moan, presidente da Anfavea, entidade que congrega os fabricantes de veículos automotores do Brasil.
O que vale para automóveis de passeio, não se aplica a caminhões. No acumulado até novembro deste ano, foram emplacados 123.378 caminhões, resultado 12% abaixo do registrado no ano passado, quando o mercado absorveu 140.329 veículos. É uma média mensal, mantida ao longo deste ano, de cerca de 12 mil unidades por mês e queda média, ao longo do ano, de 12%, na comparação com o ano passado.
Os segmentos que mais sofreram neste ano no comparativo com o ano passado foram o de semileves e leves, o primeiro com um tombo de 19% e o segundo com 18,8%. Já os médios, um segmento que se torna cada vez mais insignificante no mercado total de caminhões, houve um ligeiro crescimento dos negócios, com alta de 3% em relação ao ano anterior. Os semipesados, que é o segundo maior mercado, experimentou a menor queda do setor, apenas 5,6%. Já os pesados penaram também: queda de 14,2%.
Nos pesados, a mais expressiva queda foi da International com uma retração de 75,4% em relação ao ano passado. Nos onze meses deste ano, a marca americana emplacou apenas 84 caminhões contra 341 no ano passado. O sinal é vermelho para operação da International no Brasil. A grande surpresa negativa foi a Scania, que neste ano amargou queda de 33,1%. Outra que caiu em nível parecido foi a Iveco, com 32,6%. A MAN e Volvo retraíram 13,1 e 7,1% respectivamente. Já Ford e Mercedes-Benz cresceram no segmento. A Ford, porque não tinha produto durante boa parte do ano passado, cresceu mais: 24,6%. Já a Mercedes-Benz tem tudo para comemorar nos pesados: cresceu 8,9% em um ambiente de queda generalizada.