SAE Brasil discute Proconve P7 e motores Diesel em Curitiba

A voz do cliente, dois anos e meio de Proconve P7, e agora? A resposta será levantada em um dos painéis do 11º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia de Motores Diesel, que será realizado no Teatro Positivo, em Curitiba, nos dias 2 e 3 de setembro. O encontro, que terá Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil, no comando, vai discutir a fundo o Proconve P7 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) no âmbito de motores Diesel.

No fórum, o debate terá como ponto de partida o ano de 2012, quando a indústria de veículos comerciais pesados passou a fabricar veículos com motores Proconve P7. “Eram veículos mais complexos, com tecnologia inédita no País, forma de operação diferenciada, motores com novas características de torque e potência, intervalos de manutenção estendidos e novas necessidades de treinamento para operação e manutenção”, afirma Gilberto Leal, membro do fórum.

Em 2012 ainda foram introduzidos no Brasil o Diesel S10, com baixo teor de enxofre, e o Arla 32, fluido automotivo que requer manuseio especial. Eram novos produtos, com alta e complexa tecnologia, que apresentavam aumento de preço. “Para nós, é fundamental saber como os problemas foram solucionados e o que deve ser feito para não repetir o problema com a introdução de produtos ainda mais complexos e caros, mas menos poluentes”, diz Leal.

Neuto Reis, diretor técnico executivo da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), um dos palestrantes, afirma que o segmento pagou o preço pela economia. “Houve ligeira economia no consumo de combustível, que, a meu ver, não foi suficiente para compensar o aumento do custo operacional. Houve aumento nos preços do diesel e dos caminhões”, diz. Agora o que se espera é retomar o fôlego. “Houve antecipação de compras e, posteriormente, queda de mercado em função do Euro V”, avalia.

Segundo Reis, a expectativa é de mais redução de consumo. “É necessária a renovação de nossa frota, cuja idade média é de 16 anos, para reduzirmos custos operacionais e o número de acidentes no trânsito. Não adianta vender mais caminhões se não houver a renovação da frota e o governo federal precisa estar disposto a dar incentivos como bônus ou isenções de impostos, o que já é aplicado em Estados como São Paulo e Minas Gerais. Qualquer que seja a política é preciso que seja federal”, considera.

Também participarão do debate Guilherme Wilson, gerente de Planejamento e Operações da Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), e Eduardo Tows, gerente nacional de Manutenção da Viação Sorriso. A moderação será de Fred Carvalho, diretor de Assuntos Institucionais da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

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