Vendas de caminhões se estabilizam em junho, mas produção retorna ao patamar de 1999

por Leandro Tavares,
de São Paulo (SP) para o Brasil Caminhoneiro

O mercado de caminhões está em queda livre no ano de 2015. Apesar da leve recuperação nos últimos dois meses, incluindo alta de 2,7% no comparativo entre junho e maio, a redução em relação ao primeiro semestre de 2014 chegou a 42,3% no primeiro semestre. Os números foram apresentados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) nesta segunda-feira (6).

Vice-presidente da entidade, Marco Antonio Saltini acredita que a fraca demanda de bens de capital sejam os responsáveis pela queda do setor. “Há uma crise de confiança no investimento, talvez aguardando já os resultados do ajuste fiscal proposto pelo Governo, que pode mudar esse quadro. Isso reduziu drasticamente as vendas do setor”, avalia.

Produção

A produção de caminhões atinge uma retração ainda maior em 2015. A redução chega a 45,2%. “Se nós pegarmos a produção de caminhões especificamente dos meses de junho, nós retornarmos a 1999, o que demonstra a dramaticidade que nós temos no setor de caminhões”, explica Luiz Moan Yabiku Júnior, presidente da Anfavea.

“A produção reflete o que é o mercado. A falta de demanda pede medidas de contensão da produção”, lembra Marco Antonio Saltini.

Dados do primeiro semestre de 2015:

  • O segmento de  pesados é o que mais caiu (61,4%);
  • Cada vez maior, o segmento de leves vendeu mais unidades do que o de pesados (10.321 contra 9.168);
  • A MAN Latin America foi a fabricante que mais vendeu caminhões no período (10.226 ante 9.501 da Mercedes-Benz);
  • Das seis marcas mais vendidas, a Scania é a que tem maior queda em 2015 (63,5%).
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