Volvo projeta futuro tecnológico para o setor de transportes

Ideia da Volvo é introduzir um caminhão elétrico também no Brasil em 2019

Volvo projeta futuro tecnológico para o setor de transportes (Foto: Divulgação)

No embalo do Volvo Ocean Race, maior regata oceânica do mundo, com etapa em Itajaí, Santa Catarina, a marca reuniu jornalistas e apresentou seus planos tecnológicos para o presente e o futuro do setor de transportes no Brasil. Em pauta, temas como conectividade, automação e eletromobilidade.

Destaque para o novo caminhão elétrico FL, zero emissões, que está em período de testes na Europa, onde começa a ser vendido nos próximos meses. Esse modelo pode rodar até 300 km com uma única recarga e, por ser silencioso, pode ser utilizado em entregas urbanas noturnas. A ideia é introduzir um caminhão elétrico também no Brasil em 2019.

“A eletrificação vai acontecer primeiro na distribuição urbana. As distâncias são mais curtas e você opera a partir de um terminal para outro. Quando falamos sobre percursos de longas distâncias, o desafio é maior. No entanto, acreditamos na eletrificação e rapidamente ela vai se expandir para outras aplicações”, afirma Lars Terling, vice-presidente global da Volvo Trucks.

Volvo Ocean Race (Foto: Divulgação)

Em relação a produtividade das baterias em longas distâncias, a montadora testa na Europa um caminhão híbrido. Calcula ainda que, desde 2010, entregou mais de 4.000 veículos deste tipo para cidades de países como Inglaterra, Suécia, Noruega, Brasil e Colômbia.

De acordo com a companhia, os motores diesel continuam em alta no mercado, cada vez mais econômicos e menos poluentes. Já a eletrificação, continuará em rápida ascensão.

“Há dois anos atrás o custo da bateria era enorme. Hoje os preços diminuíram bastante e temos o dobro da capacidade de energia. Estamos com estudos avançados sobre impacto ambiental, durabilidade e todas as questões de eletromobilidade. Isso está progredindo rapidamente”, explica Terling.

Conectividade

Com mais de 600 mil veículos comerciais conectados no mundo, a Volvo confirma que a demanda pela gestão remota aumentou bastante. Os sistemas permitem desde o rastreamento via satélite até a interação remota com os veículos, o que aumenta a segurança e a produtividade logística.

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“A evolução faz parte da nossa vida. Nesse aspecto, a Volvo se preocupa muito em como fazer as pessoas e os negócios funcionarem no futuro. Com certeza a responsabilidade, o trabalho e o ambiente em que estão inseridos serão diferentes e todos nós temos que nos preparar”, comenta Massami Murakami, diretor de engenharia e suporte a vendas da Volvo CE Latin America.

Caminhão Autônomo

Para a montadora, um caminhão sem o auxílio de um motorista deve acontecer apenas em operações fechadas, como em uma mina com riscos de explosões, por exemplo. A Volvo introduziu veículos deste tipo em uma mineração subterrânea em Boliden, na Suécia, e na colheita de cana-de-açúcar, em Maringá, no Paraná.

“Nós citamos sempre a situação do VM para a aplicação na cana-de-açúcar. O nível de automação que não dispensa o motorista. Ele está presente o tempo inteiro: Tem que levar o caminhão até a trilha, acionar todos os comandos e ficar atento para intervir a qualquer emergência. Lógico que o caminhoneiro terá um treinamento adicional, mas de modo algum será dispensado, pelo contrário, o operador terá maior produtividade”, argumenta Alan Holzmann, diretor de planejamento estratégico de caminhões da Volvo Trucks na América Latina.

Tecnologia no Brasil

A companhia entende que automação, conectividade e eletromobilidade estão cada vez mais presentes no setor de transportes e que o grande diferencial estará no aprofundamento e desenvolvimento. O mercado brasileiro é um dos focos da montadora.

“O Brasil tem surpreendido em relação a tecnologia. É um mercado em que a Volvo está de olho. Nossos clientes tem nos procurado e essa evolução deve acontecer antes mesmo do que a gente imagina”, complementa Holzmann.

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