Teve início nesta terça-feira (28) a 12ª Pneushow, única feira dedicada ao mercado de Pneus na América do Sul.
Com cerca de 60 expositores e com a presença de empresas de países como China, Bélgica, Singapura, Taiwan, Hong Kong, Itália, Estados Unidos, Índia e Paraguai, a 12ª Pneushow apresenta até quinta-feira (30) as principais novidades em produtos novos e reformados, máquinas, equipamentos e soluções para transportadores de carga e de passageiros.
“A feira é destinada exclusivamente à indústria de pneus e todos aqueles que dependem dele para suas atividades profissionais. Então, nós temos desde o pneu novo, até toda a parte de manutenção, reforma, tecnologia, matéria-prima. Então, realmente, a feira mostra toda a vida do pneu, desde a sua produção até realmente o seu descarte”, afirma Lúcia Cristina, gerente de negócios da Francal, empresa responsável pela Pneushow 2016.
Economia
Parte essencial dentro do transporte, os pneus movimentam mais de 60% dos produtos e bens que circulam no país. Segundo dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), foram vendidas 964 mil unidades para o setor de carga e 60,6 milhões para o ramo de reposição no ano passado. Além disso, apenas em 2015, os pneus movimentaram mais de US$ 700 milhões em exportações.
Além disso, o mercado de recuperação de pneus é uma das principais apostas da feira. “Quando um país está em crise e o dinheiro começa a ficar curto, as pessoas buscam aquilo que tem boa qualidade e custo menor. A reforma de um pneu de caminhão equivale mais ou menos 30% do valor de um pneu novo e pode rodar, se for bem conservado, fazer a mesma quilometragem”, conta Roberto de Oliveira, Presidente da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus.
Busca por novos mercados
Um dos destaques na feira, a marca chinesa ZC Rubber quer se estabelecer no mercado brasileiro como uma opção mais atraente financeiramente para o público.
“No mercado em geral, a ZC Rubber é número 10 em pneus, no entanto, em relação a pneus para caminhões ela é número 3, atrás apenas de Michelin e Bridgestone. Nós produzimos 13 milhões de pneus de caminhões apenas no último ano. Nós temos tecnologia e knowhow suficiente para produzir bons pneus, com maleabilidade, preços razoáveis e performance excelente. Nós acreditamos que podemos levar alguma vantagem no valor e levar aos nossos consumidores pneus seguros e com qualidade”, afirma Richard Li, diretor de marketing da marca chinesa.
Praticidade e segurança em inovações
O mercado de máquinas foi outro ponto importante da feira. A Vipal, uma das maiores empresas de bandagem do país, apresentou um novo sistema que otimiza o trabalho de recapagem, podendo trabalhar com dois pneus ao mesmo tempo.
Outra novidade interessante foi trazida pela marca norte americana Rokin Automotive. Trata-se de uma máquina para borracharias que trabalham com veículos pesados. Ela intensifica e melhora o trabalho dos borracheiros, trazendo mais segurança e facilidade ao trabalho.
Chegando ao mercado com preço médio entre R$ 20 e R$ 30 mil, a empresa garante que o equipamento tem alta durabilidade, além de oferecer pessoal para treinar o funcionário que operará o sistema.
Principais nomes de fora
Apesar do bom público, composto, inclusive, por muitos estrangeiros, a 12ª Pneushow não contou com nomes de peso do mercado. Das marcas mais famosas de pneus, apenas a Pirelli marcou presença, apresentando seus principais produtos para o segmento.
Melhor para quem não se intimidou com a crise e teve a chance de buscar novas parcerias e fechar bons negócios.