por Leandro Tavares,
De São Bernardo para o Brasil Caminhoneiro
A evolução dos caminhões ao redor do globo trouxe uma série de características que aos poucos deixaram de ser novidades e se tornaram padrões. Uma das mais significativas, ao menos no design, é a quase extinção do famoso “bicudo”, tão admirado pelos caminhoneiros brasileiros.
Fabricante do modelo sucesso de vendas L 1620, a Mercedes-Benz optou por manter na linha Euro 5 um caminhão com essas características. Assim surgiu a linha de semipesados Atron. O Brasil Caminhoneiro testou o Atron 2324 com baú, carregando 22 toneladas, que reúne itens suficientes para fazer dele um pesado de respeito.
A começar pelo motor, que mantém o padrão de qualidade Mercedes-Benz. Os 238 cv do OM 926 LA alcançam o torque máximo de 850 Nm entre 1.200 e 1.600 rpm. Isso proporciona uma direção mais confortável, sem precisar de tantas mudanças de marcha por conta da ampla faixa de torque. O Atron 2324 também conta com o freio-motor Top Brake, referência da Mercedes-Benz.
A transmissão mantém-se dentro dos padrões do segmento de semipesados, no qual o Atron atua. Com seis marchas sincronizadas, a alavanca, manual, possui sistema de acionamento hidráulico com servo assistido, deixando os engates mais suaves.
O grande destaque do caminhão é o exterior reestilizado da cabina. Com as aletas mais largas, a grade frontal transmite a impressão de robustez, razão pela paixão dos caminhoneiros por veículos deste tipo. E o Atron realmente é muito robusto, uma marca de caminhões alemães.
Do lado de dentro, o caminhoneiro encontra um amplo espaço para deixar seus pertences, além de um novo painel com computador de bordo com informações, por exemplo, sobre o consumo instantâneo de combustível.
Por ser um produto com forte apelo popular, que tem como público alvo o caminhoneiro autônomo, a Mercedes-Benz possui como estratégia um preço mais competitivo. O Atron 2324 sai por volta de R$ 240 mil.