O BNDES publicou nesta semana no Diário Oficial da União a Circular nº 35, que amplia a parcela financiável de implementos rodoviários e demais bens de capital descritos no programa PSI/Finame. O percentual, que era de 80% para empresas com Receita Operacional Bruta (ROB) acima de R$ 90 milhões ao ano e 90% para companhias com ROB igual ou inferior a esse valor, agora é de 100%, independente do ROB. Os juros anuais de 6% foram mantidos.
“Trata-se de uma medida que poderá trazer reflexos positivos às vendas mas sem capacidade para reverter a expectativa de balanço negativo em 2014”, explicou Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR). A entidade prevê retração de 10% nas vendas desse ano em relação ao total de 2013.
Essa é a terceira medida adotada pelo governo no espaço de um mês para dar suporte à indústria de implementos rodoviários. As outras duas foram a inclusão do setor no programa de renovação de frota do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e na linha de financiamento para pequenos produtores rurais denominada Mais Alimentos que integra o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Para a ANFIR, mesmo sem conseguir reverter a situação atual as medidas poderão ajudar no desempenho do mercado em 2015. Mas para isso é necessário continuidade. “O governo que tomará posse em 1º de janeiro precisa estar atento à importância da manutenção dessas medidas de incentivo à indústria”, avalia Mario Rinaldi, diretor Executivo da ANFIR.