Design e freio motor são destaques do Stralis, que prima pelo custo-benefício

Por Leandro Tavares,
de São Bernardo para o Brasil Caminhoneiro.

Há uma expressão muita conhecida no meio automobilístico: se você quiser que seu carro fique bonito, peça para um italiano fazer o desenho. O mesmo serve para caminhões. Pelo menos é isso que nós do Brasil Caminhoneiro pudemos confirmar de perto enquanto testávamos o novo Iveco Stralis 400.

Porém, caminhões precisam ter mais do que a beleza para serem competitivos. A exigência por produtos de qualidade cada vez maior força as empresas dos mais diferentes setores a investir em tecnologia e desenvolvimento. No segmento de caminhões extrapesados, esta exigência é ainda mais dura.

Afinal de contas, não é qualquer equipamento que tem condições de atravessar países e até mesmo continentes com cargas pesadas e dando condições ideais de conforto, segurança e dirigibilidade. E é no Iveco Stralis que a boa aparência se une à eficiência.

Modelo faz parte da família Ecoline de caminhões Iveco

O modelo testado possui motor FPT Cursor 13 de 400 cv, 13 litros e 1.900 Nm de torque, o bastante para deixar claro que a Iveco segue honrando a tradição de propulsores potentes da marca italiana. Com a adoção do SCR para o pós-tratamento de gases exigido pelo Proconve P7, o Stralis é até 7,5% mais econômico em consumo de combustível em relação à geração anterior. O custo de manutenção também caiu de acordo com a Iveco, para a casa dos 5%.

Na configuração testada também foi possível medir bem a capacidade do freio motor mais forte da categoria, com 415 cv. O exclusivo freio motor Iveco TurboBrake (NR) atua no cabeçote, sendo que ainda há a possibilidade de chegar a 978 cv com o opcional Intarder. O item é importante nos dias de hoje não apenas por segurança, mas também pelo lado da economia.

Outro fator que é exigência no mercado de extrapesados atualmente é o câmbio automatizado. A Iveco mais uma vez se aliou à ZF para desenvolver o equipamento em um de seus caminhões. A transmissão ZF16AS2630 TO, de 16 velocidades, é automatizada de série a partir dos 400 cv (e opcional para o 360 cv). Para ativar, há teclas no painel no lugar de alavancas, incluindo a tecla ECO, que possibilita uma condução econômica.

O Iveco Stralis encarou a chuva durante o teste com muita estabilidade nas curvas

Além das teclas da caixa de câmbio, o painel possui o computador de bordo, tão importante para dados não somente de manutenção quanto de estatísticas da viagem, como sobre o consumo de combustível.

O espaço interno é bem aproveitado. Mesmo com o habitáculo do motorista ocupado pelo túnel central, a mobilidade dentro da cabine é fácil e confortável. Ainda há porta-objetos espalhados por todos os lados e que aproveitam bem cantos no teto, porto e painel. A partir do modelo 440 cv existe uma caixa térmica abaixo da cama do motorista, tendo a geladeira como opcional. Cama, por sinal, bastante confortável, assim como os bancos, que possuem suspensão individual pneumática, com ajuste lombar no do motorista.

O Iveco Stralis dá sequência na empreitada da marca italiana de competir em igualdade de condições com as suecas e alemãs no segmento de extrapesados. Até a geração Ecoline, a fabricante já vendeu mais de 22 mil caminhões no segmento no Brasil, onde atua há quase 10 anos. Com preços que vão de R$ 270 mil (com o modelo 460S36T) até R$ 424 mil (com o Stralis 800S48T AT, o top de linha), a tradição tem tudo para seguir funcionando a favor da Iveco. Afinal de contas, a relação custo-benefício é alta para um mercado onde retorno de investimento é tudo.

Foto: Mauro Cassane

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