O otimismo no setor de autopeças e a expectativa de melhorar a qualidade e a competitividade da indústria foram os temas centrais da abertura da 3ª Automec Pesados & Comerciais. A cerimônia de abertura contou a a presença do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele destacou os estímulos do Governo Federal para o setor automotivo, entre elas a manutenção da política cambial, e reprovou as medidas de alguns países que se utilizam da taxa de câmbio como “subsídio disfarçado” para poder viabilizar as exportações de empresas manufatureiras.
“Estamos acelerando a economia brasileira, com responsabilidade e com inflação sob controle”, afirmou o ministro. Guido Mantega explicou que o Brasil passou a enfrentar grandes desafios a partir da crise econômica de 2008. Segundo ele, a crise agravou problemas já existentes, como competição com países que têm custo de mão de obra muito baixos e países que praticam uma desvalorização artificial do câmbio, ou que oferecem subsídios.
Segundo Mantega, em 2011, houve uma recaída na economia mundial e 2012 deverá ser um ano de novos desafios. O ministro sinalizou que o Governo Federal continuará estimulando o consumo interno e deverá melhorar as condições competitivas de preço e custo. Entre as medidas, estão a continuidade da política cambial para evitar a valorização do Real, estímulos ao consumo de autopeças nacionais por meio do Novo Regime Automotivo, desoneração da folha de pagamento no setor automotivo, aumento do volume de crédito, com diminuição dos juros de linhas de financiamento, e aumento do prazo para pagamento. De acordo com o ministro, as medidas recentes e as próximas ações que serão tomadas ainda este ano criarão condições para que o setor continue forte e competitivo no Brasil.
A Secretária do Desenvolvimento da Produção, Heloísa Menezes, aproveitou para dar mais detalhes sobre o Novo Regime Automotivo e suas consequências. Segundo ela, o regime foi concebido com o objetivo de melhorar a competitividade e estimular o investimento em inovação e pesquisa.
As empresas que atenderem as exigências, como certificação do INMETRO, investimento em engenharia, investimento em inovação, podem ser beneficiadas com redução de até 30% no IPI, de acordo com a quantidade de conteúdo nacional nos produtos fabricados. Ainda é possível conseguir desconto de mais 2% para as empresas que investem em tecnologia. “É um regime de estímulo, não restritivo, que permite que as empresas de adaptem. O Brasil ganha e a cadeia inteira é beneficiada”, explicou Heloísa Menezes.
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