por Leandro Tavares
repórter do Brasil Caminhoneiro
Falar sobre a nova linha de caminhões Euro 5, independentemente da fabricante, não é uma missão fácil. Afinal de contas, sempre são destacados dois pontos nos veículos desta geração: a redução de emissões e a economia de combustível. Para notar a evolução nos pesados, só mesmo dirigindo. E o Atego 2426 é um ótimo exemplo do bem que as novas tecnologias fizeram aos caminhões.
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Assista ao vídeo deste test-drive com o Mercedes-Benz Atego 2426
Logo de cara, começando a rodar com o modelo da nova linha BlueTec 5 da Mercedes-Benz, nota-se a potência do motor: são 256 cavalos de força agora. O torque, de 900 Nm na faixa de rotação entre 1200 e 1600 rpm, faz com que não seja sequer preciso acelerar o caminhão até depois da quarta marcha. Pode parecer pouco, mas isso ajuda o bom motorista a economizar combustível.
A evolução segue os padrões de emissão do Proconve P7, que trouxe ao Brasil as tecnologias de pós-tratamento de padrão Euro 5. Por opção, a Mercedes-Benz equipou todos os modelos das novas linhas com o SCR (Selective Catalytic Reduction, ou Redução Catalitica Seletiva). Por este motivo, é preciso abastecer o Atego 2426 com o Arla 32, além do diesel S-50. Isso garante o desempenho do motor, que não teve problemas para puxar as 19 toneladas no teste realizado.
Outro ponto que chamou a atenção é o conforto da cabina. O espaço interno e grande, uma vez que o Atego pode chegar a quase 3 metros e 20 centímetros de altura na opção de teto alto. Isso permite um espaço envidraçado amplo, com muita visibilidade da pista. Os retrovisores também cobrem muito bem as laterais do caminhão e ajudou a fazer complicadas manobras no teste realizado. Chegou a parecer um VUC, tamanha a facilidade no uso da ré.
Claro que a semelhança é apenas na questão da dirigibilidade. Dentro da cabina mora um dos maiores chamarizes do novo caminhão. A Mercedes-Benz disponibiliza o novo modelo em quatro opções diferente de interior (standard, estendida, leito teto baixo e leito teto alto). O cuidado com a cabina do Atego pode ser notado nos detalhes, desde o tecido do banco que não causa desconforto no contato com a pele até o acabamento do painel.
A tecnologia do semipesado pode ser facilmente acessada com cliques ao alcança das mãos. O computador de bordo dá consumo, autonomia e outras informações da viagem para o estradeiro. O próprio contagiros possui um “Econômetro” uma faixa verde que indica ao motorista a melhor rotação para economizar no consumo do combustível.
Mesmo sem ser considerado um dos destaques do novo modelo, o câmbio se destacou. O equipamento não comprometeu em momento algum o teste. Manual e com seis marchas sincronizadas, o MB G-85 é bastante macio e preciso.
Além de todas estas novidades, é na versatilidade que o Atego faz por merecer um teste. A linha começa no médio Atego 1419, e ganha força com os semipesados 1719, 1726, 1729, 2426 e 2429. Cada modelo tem até três opções de entreeixos, possibilitando uma grande variedade de aplicações para a família Atego. Com isso, quem busca uma opção de investimento tanto no segmento de médios quanto no de semipesados tem bons motivos para avaliar o Atego.
Fotos: Mauro Cassane