Na manhã desta terça-feira (22) foram registrados atos de caminhoneiros em pelo menos 14 estados
Caminhoneiros voltaram a protestar em rodovias federais e estaduais nesta terça-feira (22). Na segunda, foram registrados atos em ao menos 20 estados e no Distrito Federal.
Rio de Janeiro
Os caminhoneiros mantêm manifestações em 12 pontos de rodovias federais que cortam o estado do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os manifestantes ocupam apenas os acostamentos dessas estradas e não estão interrompendo o fluxo de outros veículos.
A BR-393 concentra o maior número de pontos de protesto. São quatro manifestações nos quilômetros (km) 247 e 255 (em Barra do Piraí), 281 (em Volta Redonda) e 295 (em Barra Mansa). Na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), são três pontos: um em Seropédica (km 204) e dois em Barra Mansa (kms 274 e 268).
Na BR-101, também são três pontos: um no trecho norte (em Campos, no km 75), outro na Niterói-Manilha (em Itaboraí, no km 294) e outro na Rio-Santos (em Itaguaí, no km 392).
Outras rodovias com manifestações são a BR-493 (no km 0, em Itaboraí) e a BR-465 (km 17, em Nova Iguaçu). Os caminhoneiros protestam desde a noite de domingo (20), contra o alto custo do combustível, em vários pontos do país.
Minas Gerais
Em Minas Gerais a mobilização dos caminhoneiros também entra no segundo dia. De acordo com a PRF, há manifestantes reunidos em vinte pontos de estradas que cortam o estado. Não há congestionamento em nenhum dos trechos, informou a PRF.
Na Rodovia Fernão Dias, caminhoneiros ocupam uma faixa no sentido Belo Horizonte e outra no sentido São Paulo na altura de Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Já na BR-262, em Juatuba, na Grande BH, os manifestantes estão numa faixa no sentido São Paulo e em outra na direção de Belo Horizonte.
Os outros pontos em que têm manifestação, segundo a PRF, são Rodovia Fernão Dias no km 690, em Lavras; no km 808 da BR-040, em Matias Barbosa; no km 504 da BR-251, em Francisco Sá; no km 361 da BR-381, em João Monlevade; no km 780 da BR-040, em Juiz de Fora; no km 412 da BR-262, em Igaratinga; no km 513 da Rodovia Fernão Dias, em Igarapé; no km 808 da BR-116, em Além Paraíba; no km 768 na BR-116, em Leopoldina; no km 437 da BR-146, em Guaxupé; no km 49 da BR-262, em Manhuaçu; no km 701 da BR-116, em Muriaé; no km 85 da BR-050, em Uberlândia; no km 494 da BR-116, em Inhapim; no km 476 da BR-040, em Sete Lagoas; no km 308 da BR-116, em Governador Valadares; e no km 37 da BR-050, em Araguari.
São Paulo
Em São Paulo há lentidão na via Dutra, próximo a Jacareí. Segundo a CCR NovaDutra, concessionária que administra a rodovia, os manifestantes ocupam um posto de serviço a faixa da direita e o acostamento. A faixa da esquerda está liberada somente para veículos de passeio e ônibus.
A concessionária informa que conseguiu uma liminar para impedir interdições nos 402 quilômetros da rodovia, nos trechos do Rio de Janeiro e de São Paulo. A decisão impõe multa de 300 mil reais em caso de descumprimento.
Em Santos, os caminhoneiros voltaram a bloquear rodovias e o porto, dando continuidade ao protesto de segunda-feira que pede a redução da carga tributária sobre o diesel, o combustível mais consumido no país.
Goiás
De acordo com Vantuir José Rodrigues, presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado de Goiás (Sinditac-GO), a mobilização da categoria continua nesta terça-feira com o objetivo de chamar atenção do governo e da sociedade civil para a situação dos preços dos combustíveis no país.
Nesta manhã, foram registrados atos em pelo menos 14 estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.
A maioria dos atos impede a passagem de caminhões, mas libera a de carros de passeio e outros veículos. Alguns protestos ocorrem apenas nos acostamentos.
A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) prevê uma adesão maior aos protestos nesta terça-feira ante a véspera, que contou com cerca de 200 mil caminhoneiros em 19 Estados e levou integrantes da cúpula do governo a se reunirem com o presidente Michel Temer para tratar do assunto.
Com informações de O Globo, Agência Brasil , G1 e Veja e Exame