Por Fábio Rogério
Da Redação do Portal
Dificuldade de acesso ao financiamento e muitas exigências por parte dos bancos. Esses dois problemas sempre foram apontados por caminhoneiros autônomos e pequenos empresários do setor de transporte como os principais obstáculos na hora de renovar a frota. Desde a criação do Programa Procaminhoneiro em maio de 2006, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) procura soluções para reverter esse quadro.
Uma das ferramentas criadas é o Fundo Garantidor para Investimentos (BNDES FGI), obrigatório na concessão de crédito. Menos de um ano após o início de sua operação, o Fundo atingiu a marca de R$ 1,2 bilhão de financiamentos com garantias. Na prática, ao obter o financiamento, há um acréscimo, em alguns casos, de 5% no valor total do financiamento. Se o autônomo quiser um veículo de R$ 100.000,00, ele terá que pagar por um financiamento de R$ 105.000,00.
Ao proteger as instituições financeiras contra a inadimplência, o BNDES FGI busca democratizar o acesso de pessoas físicas e jurídicas aos financiamentos e empréstimos destinados à aquisição de bens de capital. Sua garantia pode chegar a até 80% do risco de crédito em cada operação, enquanto que o limite em garantia por beneficiário final é de R$ 10 milhões.
No caso de pessoas físicas, o instrumento pode ser utilizado apenas por meio do Procaminhoneiro. De acordo com o BNDES, o fundo já deu suporte a 6.773 operações, das quais cerca de 92% com microempresas e pessoas físicas. A maior parte dos contratantes, 53%, nunca tinha acessado o crédito do banco. O valor médio garantido por operação ficou em R$ 136 mil.
Vale lembrar que, desde 1º de abril, a taxa de juros ao ano do Procaminhoneiro subiu de 4,5 % para 7,0%. E o limite de financiamento foi reduzido de até 100% para, no máximo, 90% do valor do bem. Apesar das alterações, o Procaminhoneiro ainda é competitivo se comparado com as demais opções oferecidas pelo BNDES.
O Finame, por exemplo, tem juros de 10%, e somente veículos novos são financiáveis. Pelo Procaminhoneiro, há a possibilidade de aquisição de caminhões e implementos rodoviários novos e usados, além de sistemas de rastreamento (que devem fazer parte do bem financiado) e até de contratos de seguro.
Crédito da Foto: Divulgação Iveco (Stralis NR)
