Após melhor resultado na F-Truck, Marques pensa em vitória no Rio

Não foi apenas Beto Monteiro que conseguiu um resultado histórico na etapa inaugural da Fórmula Truck em 2012, no Velopark, em Nova Santa Rita. André Marques foi um dos pilotos que extraíram saldo mais positivo na corrida. O paulista de 30 anos foi o terceiro colocado, melhor resultado de Marques na categoria.

Esta foi a quarta vez que o piloto figurou no pódio, depois da quinta posição em Campo Grande, em 2010, e dos quartos lugares nas etapas de Buenos Aires, nos dois últimos anos. O desempenho no Velopark, onde ocupou o 12º lugar no grid de largada, trouxe a Marques a impressão de que as metas para esta sua terceira temporada na Truck podem ser mais audaciosas.

“É o ano de buscar resultados competitivos, de estar na disputa pelo campeonato. A minha maior vontade é ganhar a primeira corrida, e estou vendo que isso deixa de ser um sonho e começa a se tornar real. Meu equipamento me permite esse desejo”, avaliou.

A corrida de domingo no Velopark marcou a primeira atuação de Marques pela RM Competições, equipe campeã de 2011. Depois de dois anos competindo com caminhões Scania e Volvo, ele passa a competir com um Volkswagen, mais leve e com motor de nove litros. “O estilo de pilotar é bem diferente, você perde na potência mais ganha em aproximação, em contorno de curvas, pode frear mais lá dentro. E é um caminhão super resistente”, atribuiu o piloto.

Na assimilação do novo estilo de pilotagem, Marques enaltece a presença dos campeões Felipe Giaffone e Renato Martins na equipe, além de Adalberto Jardim, da AJ5, que desenvolve um trabalho conjunto com a RM. “São pilotos com muito gabarito, eles me ensinam muito sobre a guiada do novo caminhão, o timing do equipamento, a fazer a leitura da corrida para exigir do caminhão na hora certa. Estou muito bem servido de professores”, reconheceu.

Terceiro na classificação do Campeonato Brasileiro, Marques passa a viver a expectativa da segunda etapa, marcada para 1º de abril no Rio de Janeiro. “Vou trabalhar para tentar conseguir terminar o trabalho que comecei no ano passado”, avisa, em alusão ao problema mecânico que o fez abandonar a etapa carioca de 2011 quando era terceiro colocado. Roberval Andrade e Danilo Dirani, que eram primeiro e segundo, abandonaram a corrida poucas voltas depois.

“Era para aquela corrida ser minha, tive condições de ganhar, foi uma pena o equipamento não resistir”, recorda, voltando a citar os atributos que identifica em seu Volkswagen. “É um caminhão extremamente confiável, por isso consegui um resultado tão bom no Velopark. Nosso caminhão não é o mais rápido, ainda temos coisas a melhorar nele, mas outras equipes que tinham caminhões mais rápidos não terminaram a corrida. Foi o que fez a diferença”, concluiu.

Foto: Orlei Silva

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