Fórmula Truck deve alternar chuva e pista seca na abertura dos treinos em Guaporé

Os boletins dos institutos de meteorologia indicam que a chuva deverá marcar presença nos três dias de treinos e corrida do Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck na oitava e antepenúltima etapa, em Guaporé (RS). Pilotos e equipes lidam, nos boxes do Autódromo Nelson Luiz Barro, com a perspectiva de pista molhada desde os primeiros treinos livres, marcados para esta sexta-feira (11), até a corrida de domingo (13) à tarde.

O Climatempo estabelece em 80% a probabilidade de chuva nos três dias de atividade em pista. O instituto prevê para a sexta-feira “sol e aumento de nuvens pela manhã”, indicando pancadas de chuva à tarde e à noite. Tanto para sábado (12) quanto para domingo a previsão é de “sol com muitas nuvens durante o dia”, frisando-se a indicação de “períodos nublados com chuva a qualquer momento” para manhã, tarde e noite.

Líder da temporada e único piloto com mais de uma vitória no ano, Beto Monteiro mostra-se reticente quanto à previsão meteorológica. “Eu costumo me dar bem em corrida na chuva, mas não gosto. Eu gosto é de correr no seco”, diz o pernambucano da Scuderia Iveco. “Com chuva pista muda de uma volta para outra, você não consegue pôr uma estratégia e uma técnica para ganhar a corrida, o piloto passa a depender de muitos outros fatores”.

Companheiro de equipe de Monteiro, o paulista Valmir Benavides torce para que a previsão de chuva não se confirme. “A equipe modificou bastante o caminhão desde a nossa última corrida na chuva, então a verdade é que nós não temos uma referência de como o caminhão pode se comportar. Tanto pode ser ótimo quanto pode ser uma tragédia”, exemplifica. “Em qualquer situação, a competição na chuva vira uma caixinha de sorte”.

Quinto na pontuação, Wellington Cirino mostra tranquilidade quanto às variações climáticas. “Nosso caminhão tem uma média muito boa no seco, uma média boa na chuva. Temos que trabalhar em cima da eletrônica para colocar o máximo de potência no chão no momento certo”, indica o tetracampeão, que pilota o Mercedes-Benz da ABF Santos Desenvolvimento. “Quem perde com a chuva, se ela vier, é o público, mas isso também faz parte do show”.

O mato-grossense Raijan Mascarello é um dos que têm preferência pela pilotagem em pista molhada. “Eu gosto e muito, fica mais parecido com o que eu sei fazer”, observa o piloto da 72 Sports/Ford, que estreou no automobilismo disputando a velocidade na terra – é tricampeão mato-grossense e campeão brasileiro de Autocross. “O Ford tem menos potência, na chuva a defasagem desaparece um pouco. Eu gostaria de correr na chuva”, torce.

Alberto Cattucci, piloto da ABF/Volvo, manifesta a mesma expectativa. “O nosso caminhão está ficando melhor até no seco, mas na chuva a distância para os favoritos diminui bastante”, aponta o paulista. “A chuva equilibra mais a turma, a loteria aumenta para todo mundo. Eu sempre andei legal no molhado, desde o kart. Meu primeiro treino na Fórmula Truck foi com chuva no ano passado em Curitiba, cheguei a andar em quarto”, lembra.

Quarto colocado na tabela de classificação, Paulo Salustiano também vê a possível pista molhada como ponto favorável. “Meu estilo de pilotar combina com a chuva”, define o paulista da ABF Racing Team. “Minha dificuldade com chuva está na suspensão traseira. Consegui chegar a um acerto muito bom no seco, mas com os recursos que eu tenho sei que a dificuldade aumenta se a água vier, e quanto a isso não há o que fazer”, acrescenta.

Foto: Orlei Silva

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