Mulheres prometem endurecer a disputa do 6º Rally Barretos

O mundo do automobilismo é dominado pelos homens. É possível contar nos dedos o número de mulheres nos maiores campeonatos da categoria. O 6º Rally Barretos, porém, promete derrubar essa escrita. Moara Sacilotti, Helena Deyama, Josiane Koerich, Helena Soares e Gislaine Tortelli estão confirmadas para o torneio, que acontecerá no próximo final de semana (09 a 11 de março), no município de Barretos, em São Paulo.

Com 17 anos de carreira no automobilismo, na categoria Carros, Helena Deyama conquistou títulos, vitórias e o respeito neste meio predominantemente masculino. “Percebo que o número de mulheres aumentou entre as navegadoras, chefes e integrantes das equipes em diversas funções. Hoje, temos grandes nomes femininos na categoria, mas mulheres pilotos com participação ativa e efetiva ainda são raras”, salientou Helena.

A competidora afirmou que para chegar onde está, enfrentou várias dificuldades e provações, e seguiu firmemente por este caminho até torna-se profissional. Nem títulos, nem troféus… Para Helena, a maior aquisição nesses anos foi outra. “É o fato de representar com orgulho e dignidade a força das mulheres na história do rali. Quero sempre continuar servindo de inspiração e dar minha contribuição para outras mulheres, ser um bom exemplo (e de determinação) no rali e no automobilismo como um todo, e principalmente, quebrar preconceitos”, encerrou.

“É puro amor ao esporte!”, falou o que sente a piloto de moto Moara, que competirá a bordo de uma Kawasaki KLX 450. A jovem corre de moto há 25 anos, sendo a única mulher da categoria a participar do Campeonato Brasileiro de Rally Baja. “Já fui campeã da minha categoria e tenho dois vicecampeonatos”, salientou ela.

Presente em todas as edições do Rally Barretos, Moara está em ritmo forte de preparação. “É treino físico, academia, corridas e bicicleta todos os dias da semana. O treinamento com a moto acontece aos sábados e domingos”, contou a esportista. “As provas de Barretos são muito rápidas e intensas. A leitura do terreno é extremamente importante e as surpresas são constantes. O grid também é grande e os tempos obtidos pelos concorrentes sempre são bem próximos; desta forma, poucos segundos fazem a diferença no resultado. É um rali que não pode se desconcentrar nem por um instante, é mão colada do começo ao fim”, completou.

Foto: Ricardo Leizer

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