por Fábio Rogério
da Redação do Portal
Nos bastidores da indústria automotiva, surgiu um rumor de que os equipamentos para reduzir as emissões dos caminhões (SCR e EGR) – os sistemas de motorização Euro 5 – seriam responsáveis por um sobrepeso nos caminhões que exigiriam mudanças legislativas, por conta da fiscalização nas balanças das estradas. As fabricantes confirmam o aumento de peso, mas ressaltam que este será tão reduzido que não existirá a necessidade de alterações nas leis que regem os limites de PBT (Peso Bruto Total).
Nesta semana, a MAN Latin America e a Mercedes-Benz apresentaram para a imprensa especializada os caminhões e tecnologias que estarão no próximo Salão Internacional do Transporte, a Fenatran. E técnicos das duas fabricantes ouvidos pelo Portal Brasil Caminhoneiro afirmaram que o peso extra por conta da nova tecnologia, em média, será de 100 quilos. Não passará de 150 quilos nos pesados, e de 80 quilos nos leves, e em ambos os casos estas estimativas são médias. E tal acréscimo seria insignificante para o mercado.
Por conta desse fato, a Anfavea, entidade que reúne os fabricantes de caminhões, informou ao Governo Federal que haverá um adicional de peso nos equipamentos. “Mas ainda não houve nenhuma discussão sobre esse assunto. Apenas informamos aos órgãos responsáveis, como o Ministério dos Transportes e a pasta de Desenvolvimento”, disse Ademar Cantero, Diretor de Relações Institucionais da associação.
Segundo Cantero, em outros países onde a mesma tecnologia foi aplicada, houve mudança nas leis de pesos máximos. “Mas ainda não podemos afirmar nada sobre o que acontecerá aqui no Brasil, pois o Governo Federal não se manifestou”, completou.
Mudanças em implementos?
Outro “rumor” que também rondou o setor foi o de que os implementos rodoviários teriam que passar por alterações para se adaptarem aos caminhões com os novos equipamentos de redução de emissões.
A Assessoria de Imprensa da Anfir, associação que representa os fabricantes de implementos de todo o Brasil, informou que essa informação não existe, e que as empresas do setor continuarão a fabricar normalmente os produtos, sempre observando o que está disposto na legislação do segmento (que dita limites de tamanhos e pesos).
Foto: Divulgação Iveco
