Os preparativos de MAN, Iveco e Agrale para o Proconve 7

por Fábio Rogério
da Redação do Portal

Faltam quatro meses para o mercado começar a receber os caminhões com a nova motorização determinada pela fase 7 do Proconve, o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. E as fabricantes MAN Latin America, Iveco e Agrale contam para o Portal Brasil Caminhoneiro como estão sendo os seus preparativos nesta reta final.

Antes, é bom repassar quais serão as novas tecnologias: A SCR (Redução Catalítica Seletiva) reduz a poluição por meio de reações químicas envolvendo uréia e oxigênio, dentro de um tanque próprio.

Já o EGR (Recirculação de Gases de Exaustão) reaproveita os gases de exaustão através da eletrônica: uma pequena parte dos gases é recirculada, resfriada e então alimentada de volta para a câmara de combustão, reduzindo a quantidade de óxido de nitrogênio nos gases de escape.

MAN Latin America

“Estamos na fase final do trabalho iniciado em 2008 de desenvolvimento de produtos que atenderão as exigências dos novos limites de emissões de poluentes. E nós vamos utilizar, individualmente, duas tecnologias: a EGR e a SCR”, diz Ricardo Alouche, diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da empresa.

Questionado sobre a conseqüência de se colocar um diesel comum em um caminhão preparado com SCR, Alouche foi claro: “Abastecer esporadicamente o veículo com diesel de alto teor de enxofre não acarretará em grandes conseqüências Porém, esta prática contínua acarretará na redução da vida dos componentes do motor”.

Iveco

A fabricante italiana informa que está pronta para fornecer ao mercado brasileiro veículos adaptados aos novos padrões. A estratégia é adotar o EGR na gama de caminhões leves, e o SCR nas famílias dos médios, semipesados, pesados e extrapesados.

Sobre a possibilidade do mercado vir a utilizar diesel de baixa qualidade, a empresa, em nota, informou que os veículos que atendem ao Proconve P7 “não podem ser abastecidos com óleo diesel de alto teor de enxofre S500 ou S1800, pois, de acordo com a tecnologia empregada no veículo, o diesel com alto teor de enxofre pode causar danos irreversíveis ao catalisador”.

Agrale

“Utilizaremos o SCR em todos os nossos veículos, com a injeção em catalisador do ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo) uma solução de ureia a 32% que tem a função de auxiliar o processo de redução das emissões de NOx (Óxidos de Nitrogênio)”, explica Pedro Soares, diretor técnico da fabricante.

Sobre quanto será o valor aproximado do litro de uréia em relação ao litro de diesel, Soares não soube precisar: “Ainda não há certeza sobre estes valores, mas a expectativa é de que custe o mesmo valor do diesel quando vendido em bombonas, ficando mais barato quando vendido a granel”, finaliza o diretor técnico.

Foto: Divulgação MAN Latin America

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